Hospital da Mulher recebe certificado de qualidade

O Banco de Leite Humano do Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein, de Santo André, acaba de receber o certificado de credenciamento – categoria ouro – do programa Iberoamericano de Banco de Leite Humano, vinculado ao Ministério da Saúde. O documento visa certificar as instituições que desenvolvem suas ações dentro dos padrões de qualidade normatizados. Na prática, atividades para apoiar e promover o aleitamento materno.

Segundo a nutricionista responsável pelo Banco de Leite do Hospital da Mulher, Elisabete Tavares, a última avaliação analisou o grau de conformidade na operação do Sistema de Informação da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. “O certificado ouro significa que nosso banco está cadastrado na rede, possui equipamentos indispensáveis, profissionais capacitados e treinados para atuar no local, além de disponibilizar informações no sistema sobre a produção”, explicou.

Para a superintendente do hospital, a médica Rosa Maria Pinto de Aguiar, a certificação ibero-americana reconhece a seriedade do trabalho, o empenho dos profissionais que atuam no local e, principalmente, a importância do serviço oferecido no complexo hospitalar para os recém-nascidos prematuros de Santo André, que dependem do leite materno para ganhar peso e aumentar as chances de recuperação.

O banco foi criado há cinco anos. Além da coleta, o local realiza o processamento e armazenamento do leite, assim como apoio, promoção e incentivo ao aleitamento materno e ações de conscientização junto à comunidade sobre a importância da doação.

MORTALIDADE INFANTIL – O leite humano ajuda a garantir boa qualidade de vida aos bebês, além de contribuir na redução da mortalidade infantil. O alimento é oferecido às crianças com risco extremo, prematuros com baixo peso, com problemas no sistema imunológico ou quando por algum motivo a criança não pode ser amamentada pela mãe.

O alimento é a principal fonte para atender bebês internados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal, segundo a nutricionista. “Os bebês nascem com 550 ou 600 gramas e precisam do leite humano para sobreviver. Há casos de mães que enfrentam problemas com a produção de leite. Como elas não ficam perto do filho o tempo todo, o estresse é maior e a produção pode ser menor. Recebendo o leite materno doado, esses bebês vivem com qualidade, porque o alimento é uma substância viva e que tem vários efeitos protetores e de desenvolvimento para a criança”, afirmou a profissional.

COMO DOAR – A maioria das mães produz leite em excesso, especialmente do terceiro ao quinto dia após o parto. Toda mulher saudável que esteja amamentando pode doar leite sem que isso traga qualquer tipo de prejuízo ao filho. Para fazer a doação, as mães devem atestar saúde plena, já que antes da possível coleta, as doadoras têm de mostrar o cartão de acompanhamento pré-natal e passar por avaliação clínica. Também não podem consumir bebidas alcoólicas, fumar e tomar medicamentos.

Quando o leite humano chega ao banco, passa por rigoroso controle de qualidade. O primeiro passo é a pasteurização, que elimina bactérias e vírus. Depois disso, o alimento é congelado e submetido a teste de controle microbiológico, que checa a efetividade da pasteurização. Somente após aprovação nesta última fase o leite é liberado para consumo.

As mulheres interessadas em contribuir com o Banco de Leite Humano podem obter mais informações pelo telefone (11) 4478-5048. O equipamento público fica na Rua América do Sul, 285, Parque Novo Oratório, em Santo André.