Projeto Amamenteiras orienta sobre importância do aleitamento materno

Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe.

Para esclarecer e informar sobre tais condições a Secretaria de Saúde, em parceria com a Secretaria de Segurança Alimentar, desenvolve o projeto “Amamenteiras”, que consiste em reuniões em Associações e Entidades que integram o Fórum de Segurança Alimentar do Município. Entretanto, o trabalho pode ser estendido para qualquer entidade ou comunidade que deseje levar este tipo de esclarecimento para a população de sua região.

Desde maio foram realizados oito encontros com a coordenação da nutricionista Aline Brandão, do Centro de Incentivo ao Aleitamento Materno (CIAMA), que funciona junto ao Centro de Referência em Saúde da Mulher, Criança e Adolescente.

“É um trabalho de resgate junto com a própria comunidade ouvindo as queixas e dificuldades e mediando as formas de manejo,” explica Aline. A nutricionista esclarece que “na realidade as próprias mães já sabem como fazer este manejo, de que forma encontrar a melhor maneira para amamentar o filho. Propiciamos a troca de experiências e fornecemos algumas informações,” complementa.

Não são apenas as gestantes e novas mães que participam das palestras. Familiares como avós, pais e companheiros também marcam presença. “O apoio da família, principalmente do companheiro, é muito importante para a mãe se sentir segura e optar pela amamentação do bebê,” conta a nutricionista. Nesta quarta-feira, 30/08, a palestra aconteceu na Associação Nossa Senhora Aparecida, na Vila Mercedes.

Natila Almeida Dias, 24, grávida de 5 meses, estava acompanhada do marido Sérgio da Costa Batista, 25, que acompanha a esposa nas consultas regulares do pré-natal. “Já ouvi o médico falar e repetir sobre a necessidade e importância de amamentar a criança. Apoio e incentivo porque além de um cuidado é responsabilidade com a nutrição e saúde de nossa filha,” conta Sérgio. Natila tem mais dois filhos e revela “amamentei até os 2 anos e são crianças saudáveis. Não ficam doentes, só pegam um resfriado leve.”

“É importante preparar as mães. Lembrar a elas que têm no próprio corpo o principal alimento para seus filhos. E isto significa mais saúde para os bebês,” enfatiza Lusia Conceição Santana, integrante da Pastoral Social da Comunidade Nossa Senhora Aparecida.

O Centro de Incentivo ao Aleitamento Materno é um serviço que pode ser acessado de forma espontânea por qualquer mulher que tenha alguma dúvida ou dificuldade para amamentar seu filho. O trabalho desenvolvido é de escuta, identificação e aconselhamento quanto a dificuldades e dúvidas referentes a amamentação. O serviço atende das 8 às 17h na Rua Luiz Lacava, 229, centro.

Semana Mundial de Aleitamento Materno – A Prefeitura de Mauá vai desenvolver uma programação diversificada em várias unidades de saúde, predominantemente nas UBSs. Do dia 4 ao dia 7 de agosto serão realizadas ações como palestras, rodas de conversa, apresentações de vídeos e exposição de fotos e banners. A temática sempre envolverá a importância do aleitamento materno, esclarecendo dúvidas sobre o manejo da amamentação e orientando quanto aos cuidados com o recém-nascido. Também estão programadas oficinas de Shantala (massagem oriental), exercícios físicos para gestantes, teatro e cuidados com a beleza da grávida.

O encerramento da programação será no dia 8 de agosto, a partir das 14h, na Praça 22 de Novembro, na área central da cidade, com apresentação de cordéis produzidos nas unidades de saúde. Os trabalhos abordam a temática da amamentação para um tratamento lúdico sobre o assunto. Complementam a atividade depoimentos de mães que amamentam e roda de capoeira.

Rico alimento – Estudos científicos comprovam a superioridade do leite materno sobre os leites de outras espécies. O leite materno é capaz de suprir sozinho as necessidades nutricionais da criança nos seis primeiros meses e continua sendo uma importante fonte de nutrientes no segundo ano de vida, especialmente de proteínas, gorduras e vitaminas.