São Caetano: Cidade consciente na crise da água
Moradores de São Caetano do Sul não toleram desperdício de água
- Data: 02/02/2015 17:02
- Alterado: 02/02/2015 17:02
- Autor: Erik Oliveira
- Fonte: DAE - SCS
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A população de São Caetano do Sul está consciente e demonstra a cada dia que não tolera o desperdício de água (lavagem de carros, calçadas, quintais, pátios e fachadas de condomínios, além de rega de plantas e jardins, entre outros exemplos). Tanto que, desde a implantação do pioneiro projeto denominado Patrulha DAE – Pela Proteção da Água, parceria da autarquia com a Prefeitura, em novembro do ano passado, o número de denúncias sobre desperdício, que anteriormente era de cinco por dia, saltou para 30 (em porcentagem, esse apontamento chega a impressionantes 600%).
Na Patrulha, agentes do DAE, em dois veículos caracterizados, com giroflex azul e sirene, rondam a cidade para sensibilizar os moradores e orientá-los quanto ao gasto desnecessário de água, num momento em que a Região Sudeste do Brasil vive a sua pior crise hídrica em 84 anos. Os patrulheiros também distribuem material informativo e incentivam os moradores a denunciar por meio do Disque Combate Desperdício (2181-1888) ou por e-mail (denuncia@daescs.sp.gov.br) – o consumo dos locais visitados é monitorado por seis meses pela Divisão Comercial da autarquia e, caso aumente, a Patrulha DAE volta a conversar com o usuário.
ECONOMIA – São Caetano é 100% dependente de água do Sistema Cantareira da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que segue em situação grave. Entretanto, graças a uma série de medidas operacionais, comerciais e de conscientização adotadas no município pelo DAE, o consumo de água potável já foi reduzido em 18% – com isso, São Caetano deixa de comprar da Sabesp mais de 100 litros por segundo de água tratada do Sistema Cantareira, ou seja, cerca de 260 milhões de litros por mês (para se ter uma ideia, é como se, mensalmente, todas as torneiras da cidade ficassem fechadas por seis dias).
Na avaliação do engenheiro Osmar Silva Filho, chefe da Divisão Técnica do DAE, fatores como os trabalhos técnico e de conscientização permanentes realizados pela autarquia municipal, a eficiência dos agentes da Patrulha e a consciência dos moradores foram preponderantes à chegada de São Caetano nos 18%. “A meta é a de chegar a 20%”, enfatiza o profissional.