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Justiça paraguaia rejeita pedido de prisão domiciliar para Ronaldinho Gaúcho

Juiz citou risco de fuga para manter ex-jogador e seu irmão Assis em prisão preventiva em Assunção. Os dois são acusados de utilizar documentos falsos

  • Data: 10/03/2020 11:03
  • Alterado: 10/03/2020 11:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Justiça paraguaia rejeita pedido de prisão domiciliar para Ronaldinho Gaúcho

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Em audiência realizada nesta terça-feira no Palácio de Justiça, em Assunção, no Paraguai, o Mistério Público rejeitou pedido de acordo de Ronaldinho Gaúcho e de seu irmão, Assis, de transferência para prisão domiciliar. Os dois estão há quatro noites em um presídio de segurança máxima na capital paraguaia após serem detidos por entrar no país com passaportes fraudulentos (original, mas com conteúdo falso).

Segundo o promotor Marcelo Pecci, os advogados de Ronaldinho Gaúcho chegaram a oferecer como garantia o imóvel que serviria como prisão domiciliar, no valor de US$ 770 mil dólares (cerca de R$ 4 milhões). “Ronaldinho ganhou muito mais que isso em sua carreira”, justificou.

“A investigação tem menos de uma semana. E está ficando claro o tamanho deste caso, com novas revelações. É de responsabilidade minha, do poder judicial, garantir a continuidade dessa investigação. Não podemos correr o risco de essa investigação acabar por causa de uma fuga ou de uma saída do Paraguai”, declarou o juiz Gustavo Amarilla.

Ronaldinho e o irmão não participaram da audiência desta terça-feira. Não foi revelado o endereço da casa que serviria como prisão domiciliar para Ronaldinho e Assis. Especula-se que o imóvel seja de propriedade de amigos dos advogados dos brasileiros e fica no bairro Lambaré.

Os dois irmãos chegaram ao Paraguai na última quarta-feira. No mesmo dia, a polícia foi ao hotel onde ambos estavam hospedados e apreendeu os passaportes falsos.

Após o Ministério Público entender que não era necessário abrir processo contra os dois irmãos, o caso sofreu uma reviravolta quando a Justiça viu risco de fuga e determinou que eles precisavam permanecer presos durante a investigação – o inquérito pode durar até seis meses para ser concluído, de acordo com as leis paraguaias. A dupla, inclusive, foi levada algemada a um tribunal no sábado.

A defesa de Ronaldinho e seu irmão considera a prisão “ilícita, ilegal e abusiva”. Os advogados alegam que o ex-jogador não sabia que o passaporte que deram a ele havia sido adulterado.

A Justiça também expediu mandado de prisão contra a empresária paraguaia Dalia López, que negociou a viagem dos irmãos a Assunção. Ela está foragida. Ronaldinho viajou para o Paraguai para visitar uma entidade destinada à assistência a crianças em situação de vulnerabilidade, além de participar da abertura de cassino.

A prisão de Ronaldinho Gaúcho e do irmão faz parte de investigação que apura possível esquema de falsificação de documentos. O grupo envolveria funcionários públicos e pessoas do setor privado.

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