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A Tendência é ser Referência – Felinamente eletrizante

A Jaguar apresenta para o mercado brasileiro o I-Pace EV400 AWD, seu primeiro modelo 100% elétrico

  • Data: 24/05/2019 15:05
  • Alterado: 13/08/2023 21:08
  • Autor: Daniel Dias
  • Fonte: Agência AutoMotrix/ Antônio de Sousa Pereira/Absolute Motors
A Tendência é ser Referência – Felinamente eletrizante

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O I-Pace, o primeiro carro 100% elétrico da Jaguar, acaba de desembarcar no Brasil, por preços a partir de R$ 437 mil. As primeiras unidades que chegaram ao país contam com um pacote de opcionais que inclui teto panorâmico fixo, rodas em aro 20 e smartphone pack – permite a sincronização de alguns aplicativos do celular com o veículo. Com esse pacote, o modelo custa R$ 449.190. O I-Pace é considerado como o lançamento mais significativo da história recente da marca britânica e traz uma ambiciosa missão de ser referência em veículos elétricos. O carro conquistou de uma só vez três categorias do “Word Car Awards”, como o “Melhor Carro Mundial”, o “Melhor Carro Verde” e o “Melhor Design”.

Desenvolvido inteiramente no Reino Unido, o I-Pace é produzido na fábrica de última geração da Jaguar Land Rover em Graz, na Áustria, em parceria com a Magna Steyr. Em versão única no Brasil, a EV400 AWD SE, o modelo é equipado com dois motores elétricos idênticos com um total de quatrocentos cavalos de potência (duzentos em cada um), torque combinado de 71 kgfm e bateria de 90 kW, com autonomia, conforme a Jaguar, de 450 quilômetros com uma única carga.

Para receber o I-Pace e oferecer a melhor estrutura de pós-venda aos clientes do modelo, a rede de concessionárias Jaguar Land Rover de todo o Brasil está sendo devidamente preparada. Uma série de programas de treinamento voltados a todos os seus empregados, desde vendedores até os técnicos de oficina, estão sendo promovidos pela fabricante. Além disso, as concessionárias terão toda a estrutura física necessária para receber o modelo, incluindo uma unidade de carregamento de 7 kW. “O I-Pace é um verdadeiro Jaguar, ao oferecer uma experiência de condução extremamente esportiva. Seu sistema de tração integral oferece aceleração instantânea em todos os tipos e condições de terrenos”, afirma Mike Cross, engenheiro-chefe da Jaguar.

Comandada por Ian Callum, a equipe de designers criou o I-Pace como um SUV de proporções imponentes e silhueta marcante, remetendo a um cupê. O estilo foi inspirado no superesportivo C-X75, com linhas agressivas e rodas de 20 polegadas. O capô baixo, o teto de alta fluidez aerodinâmica e a traseira mais quadrada garantem ao I-Pace um coeficiente de arrasto de apenas 0,29. A grade dianteira assume um papel aerodinâmico importante ao canalizar o fluxo de ar para as linhas do capô e para a parte inferior do para-brisa, ajudando ainda no resfriamento da bateria. Em velocidades acima de 105 km/h, o I-Pace é rebaixado em 10 milímetros, também colaborando para a eficiência aerodinâmica.

Para confirmar uma das principais características dos carros produzidos pela Jaguar, o I-Pace é um dos modelos mais seguros da atualidade. O veículo alcançou uma classificação de cinco estrelas nos testes da Euro NCAP, no qual marcou 91% de segurança na proteção de adultos e de 81%, para crianças. Para os testes de impacto das barreiras e das colunas laterais mais severas, obteve pontuação máxima. O I-Pace é o décimo modelo seguido da fabricante britânica a receber as cinco estrelas e oferece avançadas tecnologias de segurança para proteger os usuários e pedestres, como o capô destacável, a frenagem autônoma de emergência com detecção de pessoas a pé e ciclistas e o sistema de alerta audível de veículos para avisar que o carro está se aproximando, pois o motor elétrico não emite ruídos. O som pode ser ouvido a velocidades de até 20 km/h e excede o mínimo de 56dB (A) exigido pela legislação de alguns países. O sistema foi testado em conjunto com membros da instituição Guide Dogs for the Blind, principal ONG do Reino Unido para pessoas afetadas por perda de visão.

Na compra do I-Pace, os clientes terão à disposição uma série de vantagens oferecidas especialmente pela fabricante no país. O Plano Jaguar Care garante as três primeiras revisões sem qualquer custo, incluindo a troca de filtro de ar de cabine, limpador de para-brisa, fluído de freio e dos tubos flexíveis dos freios e a mão de obra especializada. O Jaguar Assistance atende ao motorista por cinco anos em caso de pane do modelo ou de falta de carga de bateria em todo o território nacional. O I-Pace tem garantia de cinco anos e de oito anos para a bateria.

PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Para aproveitar o potencial (Antônio de Sousa Pereira, do Absolute Motors/Portugal)
Lisboa/Portugal
– Apesar do comprimento de 4,68 metros e dos 2,01 metros de largura, o interior do Jaguar I-Pace não é, propriamente, uma referência em termos de habitabilidade, pelo menos no que diz respeito à altura e à largura dos bancos da frente. É ligeiramente mais acanhado do que o elétrico mais conhecido do mercado, o Nissan Leaf, cujo preço é incomparavelmente mais acessível. Já o espaço para pernas na parte de trás é soberbo, graças à generosa distância de entre-eixos de 2,99 metros. Destaque-se o bom ambiente que se vive a bordo, proporcionado pela decoração de bom gosto, mas também pela elevada qualidade de construção e da maioria dos materiais utilizados – surpreendentemente, se detectam elementos em plástico muito pouco nobres, alguns em lugar de destaque. Outro senão difícil de se aceitar em um automóvel deste calibre é a multiplicação de ruídos quando se circula por estradas em maÂncorau estado de conservação ou se ousa enfrentar outros pisos que não o asfalto. A posição do motorista é extremamente acolhedora. A ergonomia é primorosa, o volante é uma delícia e tanto o painel de instrumentos totalmente digital quanto o sistema de infoentretenimento TouchDuo Pro são eficientes e oferecem uma ótima legibilidade.

Na origem do I-Pace EV400 AWD está uma nova plataforma especificamente concebida para veículos elétricos, com evoluídas suspensões em ambos os eixos (triângulos sobrepostos na frente, multilink atrás) e em dois motores, cada um com duzentos cavalos e 35,5 kgfm. Eles movem cada um dos trens de rodagem, o que garante a tração integral e um rendimento total de quatrocentos cavalos e 71 kgfm, estando o torque máximo disponível logo desde o arranque, como é característica dos motores elétricos. Por isso, mesmo tendo em conta um peso de mais de 2,2 toneladas, não espantará que a performance – exceção feita à velocidade máxima limitada a 200 km/h, por uma questão de preservação da carga da bateria – seja impressionante: 4,9 segundos de zero a 100 km/h, 2,2 segundos na retomada de 60 a 100 km/h e 2,9 segundos na retomada de 80 a 120 km/h.

A bateria, não obstante os seus seiscentos quilos de peso, acaba por condicionar muito menos do que o esperado no desempenho dinâmico. A Jaguar não deixou de garantir uma repartição de massas de 50% para cada eixo. O I-Pace revela-se um automóvel muito agradável e até emocionante de se dirigir, com o conforto de marcha sempre digno de nota, com a suspensão, apesar de firme, e dos pneus de baixo perfil, absorvendo com competência a maior parte das irregularidades. Não que os ressaltos e desníveis passem a ser imperceptíveis para os ocupantes, mas são absorvidos de forma eficiente, ao ponto de não serem demasiado incômodos para quem está a bordo.

Quando se aperta o pedal da direita, nota-se que os motores, até então praticamente inaudíveis a bordo, passam a emitir uma sonoridade que faz lembrar as séries de ficção científica de outros tempos, quando as naves rumavam aos hiperespaços. E esse som se torna mais agudo e aumenta de volume na razão direta da velocidade alcançada. A resposta dos motores é imediata em qualquer solicitação, traduzida em um notável poder de aceleração. Como se isso não bastasse, o comportamento é surpreendentemente eficaz. A direção é extremamente direta, a tração integral é eficiente, a aderência dos pneus e a redução em 10 milímetros da altura em relação ao solo acima dos 100 km/h garantem uma grande estabilidade em curva. O I-Pace dificilmente perde a compostura mesmo nas saídas em potência mais intempestivas – até porque o controle de estabilidade apenas inibe o funcionamento do controle de tração, nunca podendo ser totalmente desligado. O melhor mesmo é selecionar o modo de condução Dinâmico e desfrutar de um comportamento soberbo, com reações imediatas a todos os comandos do condutor, sejam direcionais, de aceleração ou de frenagem, como se fosse um kart.

As aventuras fora-de-estrada, apesar de a suspensão contar com um modo assim designado, estão limitadas pela altura em relação ao solo, ainda mais no caso da unidade avaliada, com pneus de 22” e vocação assumidamente estradista. Quem quiser se arriscar nas trilhas, é importante atentar pela dosagem do acelerador, por vezes, a resposta não é tão linear quanto seria ideal.

O consumo em estrada, em um ritmo em que os limites legais sejam respeitados, também não é suficientemente mais baixo para ditar um aumento radical da autonomia. Em um ritmo pleno para se aproveitar todas as capacidades do I-Pace, se percorrerão mais de 150 quilômetros com uma carga completa da bateria. Na cidade, as coisas mudam de figura. Como é habitual nos elétricos, é seu ambiente ideal de utilização, onde se pode aproveitar as vantagens em termos de frenagens e da desaceleração regenerativa. No modo Eco, a autonomia pode superar os quatrocentos quilômetros.

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  • Data: 24/05/2019 03:05
  • Alterado: 13/08/2023 09:08
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