Equipes do Irmã Dulce participam de curso sobre humanização

Profissionais de enfermagem, psicologia, fonoaudiologia e serviço social, entre outras áreas, participaram da primeira parte do curso sobre humanização ministrado pelo médico pediatra Drauzio Viegas no anfiteatro do Complexo de Saúde Irmã Dulce, na manhã de segunda-feira (19). A segunda e última parte do curso será realizada na próxima quinta-feira (22), das 9h às 11h. O médico é autor do livro “Em Busca da Humanização”.

O curso faz parte do programa de humanização desenvolvido nas mantidas pela Fundação do ABC (FUABC), que gerencia o hospital há três anos e o PS Central desde março do ano passado. Na Baixada Santista, a fundação administra o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Praia Grande e o Hospital Bertioga. Na região do ABC, onde mantém a Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), a fundação está à frente de hospitais de referência, como o Hospital Estadual Mario Covas, em Santo André, e Hospital Municipal Universitário (HMU), em São Bernardo do Campo.

Formado em Medicina pela Unifesp com doutorado em Pediatria pela USP, Drauzio Viegas foi professor titular do Departamento de Pediatria da FMABC e atualmente é consultor.

Falando sobre sua experiência pessoal, Viegas contou que mudou sua vida quando começou a se interessar por humanização: “Minha vida ficou mais simples; passei a compreender melhor as pessoas”. Definindo humanização como o uso do conhecimento com sensibilidade, o professor defendeu que atitudes fazem diferença no relacionamento entre equipe médica, paciente e familiar. Respeito e interesse real pelo sofrimento do doente, solidariedade e amor são bons exemplos. Soluções para a cura ou, quando não há possibilidade, promoção de qualidade de vida, também.

Ambiente agradável, confortável, com higiene e informações; pessoal preparado em humanização, para escutar, compreender e agir; e material adequado são fundamentais para a humanização do atendimento, na opinião do médico.

Em relação à comunicação, Viegas salientou que ouvir não é o mesmo que escutar. “Muitos ouvem, mas não escutam”, destacou. Sobre a comunicação de notícias difíceis, citou o Protocolo Spikes, que consiste na preparação do profissional e do ambiente, percepção do interlocutor, convite para o diálogo, transmissão das informações, abordagem da emoção e em estratégia e resumo. “Basta se colocar no lugar do outro”, completou.

CURSO – Além do curso sobre humanização, Viegas coordena o curso “Como Transmitir Notícias Graves em Medicina”. O próximo será realizado dias 10, 17 e 24 de abril no Hospital da Mulher (rua América do Sul, 285, Santo André), também mantido pela FUABC. No Complexo de Saúde Irmã Dulce o tema deverá ser inserido na programação comemorativa de quatro anos de gestão da fundação, em agosto deste ano.