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Ford espera recuperação do mercado automotivo em 2015

A Ford espera uma recuperação do mercado automotivo a partir do segundo semestre de 2015, segundo seus dirigentes durante entrevista à imprensa no 28º Salão do Automóvel, aberto hoje

  • Data: 28/10/2014 16:10
  • Alterado: 16/08/2023 09:08
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Ford espera recuperação do mercado automotivo em 2015

Steven Armstrong

Crédito:Ford

Eles disseram esperar mudanças por parte do governo que possibilitem uma retomada da economia brasileira como um todo, mas ponderaram que aguardam sinais mais claros dessas modificações, como a indicação da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, para tomar decisões em relação aos investimentos futuros.

O vice-presidente mundial da Ford, Steven Armstrong, avaliou que a queda nas vendas da indústria automobilística neste ano em relação a anos anteriores foi causada por uma série de fatores, entre eles a Copa do Mundo e as eleições, que impactaram na economia brasileira como um todo. Diante disso, ele prevê que o setor deva encerrar 2014 com um total entre 3,2 milhões e 3,3 milhões de unidades vendidas, das quais a marca deve ter participação de aproximadamente 10%, o que daria algo em torno de 33 mil automóveis. “A primeira metade de 2015 ainda vai ser ruim. Somente a partir do segundo semestre devemos começar a se recuperar”, afirmou.

Para ele, uma retomada maior do setor em 2016 vai depender da volta de crescimento maior do PIB. Ele defendeu que a indústria brasileira precisa se tonar mais competitiva e, para isso, é preciso combater o chamado Custo Brasil, ainda muito alto. Apesar de não dar previsão, ele garantiu que a Ford deve continuar investindo em novos produtos. De 2011 a 2015, o total investido pela empresa deve ser de R$ 4,5 bilhões.

O vice-presidente da Ford América do Sul, Rogélio Golfarb, por sua vez, destacou que o principal gargalo que a indústria automobilística brasileira deve resolver é o excesso de capacidade. Segundo ele, na América do Sul, a Ford deve encerrar o ano com 45% da sua capacidade ociosa, podendo subir próximo de 50% em 2015. Outro problema, citou, é em relação ao IPI. Apesar de dizer que trabalha com o fim da redução da alíquota em 2014, ele afirma que o diálogo com o governo para tentar prolongar o benefício “nunca parou”.

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  • Data: 28/10/2014 04:10
  • Alterado: 16/08/2023 09:08
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