Maria Amélia Teles fala sobre direitos humanos em Mauá
A assessora da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo participou de seminário no Centro de Formação de Professores Miguel Arraes
- Data: 29/04/2016 12:04
- Alterado: 29/04/2016 12:04
- Autor: Redação
- Fonte: PMM
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A Prefeitura de Mauá, por meio da Secretaria de Cidadania e Ação Social, organizou na manhã de hoje (28) um Seminário de Direitos Humanos. Aberto ao público, o evento foi realizado no Auditório Marli Rodrigues, no Centro de Formação de Professores Miguel Arraes, e contou com a palestra de Maria Amélia Teles, a Amelinha, diretora da União de Mulheres de São Paulo, coordenadora do projeto Promotoras Legais Populares e assessora da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo.
O objetivo principal do seminário foi a abordagem sobre os direitos sociais na promoção das políticas públicas, e a proposta para discussão teve como foco gestores sociais, profissionais e estudantes das áreas relacionadas ao serviço social, a educação e a nutrição, entre outras.
Sandra Ribeiro de Souza, secretária da pasta, fez sua fala na abertura do evento. “Mauá coordena os Grupos de Trabalho de Gênero e Direitos Humanos no Consórcio Intermunicipal Grande ABC. Fico muito contente em poder debater um assunto de tanta importância na presença de alguém com tanta experiência para nos passar. É um privilégio”, declarou Sandra.
O prefeito Donisete Braga também esteve presente. “Cheguei em Mauá em 1976, e me recordo muito da década de 80, quando eu tinha 15 anos, um período bem difícil que conseguimos superar graças a participação social e o debate dos direitos humanos que ali começava a ficar muito forte. A visita de Amelinha é muito significativa, principalmente pelo momento no qual nos encontramos. Debater as políticas públicas que enaltecem e priorizam os direitos humanos faz com que avancemos cada vez mais, sempre para o bem da cidade e de nossa população”, endossou o chefe do Executivo.
Maria Amélia Teles é militante política, membro do PCdoB à época da Guerrilha do Araguaia durante o período da ditadura militar. Foi presa política junto com o marido César, com os filhos Janaína e Edson, ambos pequenos, e a irmã Criméia, grávida de 8 meses.
“Debater e dialogar com esse tema faz do momento uma riqueza. Senti na pele o que não é ter direito de ter direitos, então, aprofundar esse tema e estudar os instrumentos de defesa desses valores se fez necessário a todo momento”, comentou a militante.
Maria Amélia ingressou, juntamente com a filha Janaína, com ação declaratória contra Carlos Alberto Brilhante Ustra, com a finalidade de que a justiça, mesmo não podendo condená-lo criminalmente por causa da Lei da Anistia, o declarasse como torturador, o que ocorreu em 2008, quando a ação foi julgada.