Maria que Virou Jonas ou a Força da Imaginação
O mote do espetáculo nasceu da história de Marie que vira Germain, apresentada pelo filósofo francês Michel de Montaigne (1533-1592) em seu provocador ensaio Da Força da Imaginação, o Ensaio XXI, de 10 páginas. O historiador e sexólogo Thomas Laqueur (1945) reconta a fábula no livro Inventando o Sexo, no qual discute que o que […]
- Data de publicação: 16/03/2015 16:03
- Ultima alteração: 17/08/2023 18:08
Maria que Virou Jonas ou a Força da Imaginação
Crédito:Maria que Virou Jonas ou a Força da Imaginação
O mote do espetáculo nasceu da história de Marie que vira Germain, apresentada pelo filósofo francês Michel de Montaigne (1533-1592) em seu provocador ensaio Da Força da Imaginação, o Ensaio XXI, de 10 páginas. O historiador e sexólogo Thomas Laqueur (1945) reconta a fábula no livro Inventando o Sexo, no qual discute que o que entendemos como sexo, as chamadas verdades biológicas, na realidade, são construções da cultura. O relato teve acolhida e ganhou tradução cênica na adaptação da Cia. Livre, que recria o caso de Marie-Germain – habitante de Vitry, na França do século XVI, que, nascido Marie, muda de sexo e é aceito socialmente como homem – destacando dali o tema da transformação do corpo. A trama parte, assim, desse relato supostamente real, para discutir a especificidade histórica das crenças e leis e questionar os limites entre representação, fantasia, teatralidade, aparência e verdade.
No palco, as personagens são dois atores transexuais – Neo Maria (Lúcia Romano) e Jonas Couto (Edgar Castro) – que estão montando a peça A Força da Imaginação. Trata-se de um jogo de metateatro, uma peça dentro da peça. Questionando o que se entende por identidade, na encenação de Cibele Forjaz o público escolhe qual papel (Ele ou Ela) os atores da peça – interpretados por Lúcia Romano e Edgar Castro – vão viver a cada sessão. Depende da escolha da plateia, que ao chegar, recebe duas senhas – XX ou XY.
Ficha Técnica
Dramaturgia: Cássio Pires
Direção: Cibele Forjaz
Atores-criadores: Edgar Castro e Lúcia Romano
Direção de Movimento: Lu Favoreto
Cenografia: Márcio Medina
Figurinos: Fabio Namatame
Luz: Cibele Forjaz e Rafael Souza Lopes
Direção Musical: Lincoln Antonio
Sonoplastia: Pepê Mata Machado
Produção: Cia. Livre e Centro de Empreendimentos Artísticos Barca