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Congresso é soberano e aprovará a reforma que julgar adequada, diz Meirelles

Após admitir que o enxugamento da proposta que reduz o efeito fiscal da reforma para 50% do texto original, Meirelles diz que o importante é se garanta uma redução no gasto previdenciário

  • Data: 09/11/2017 14:11
  • Alterado: 15/08/2023 22:08
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Congresso é soberano e aprovará a reforma que julgar adequada

O ministro da Fazenda

Crédito:Reprodução

O texto original previa uma economia de dos R$ 800 bilhões

“As pessoas me perguntam qual é a proposta e eu digo que o Congresso é soberano para aprovar a reforma que for adequada. Estamos dialogando e fornecendo cálculos sobre o impacto fiscal. A Previdência não é uma questão de vontade, é uma necessidade matemática”, afirmou, em apresentação no 1º Seminário Internacional de Dívida Pública.

Durante apresentação no evento, Meirelles destacou que o custo da dívida pública federal (DPF) está em trajetória decrescente, apesar do crescimento do estoque nos últimos anos. “A dívida bruta aumentou nos últimos anos na proporção do PIB, mas a reforma da Previdência vai garantir a inflexão dessa trajetória” completou.

Meirelles defendeu o uso do conceito de dívida líquida de reservas internacionais. Ele também disse que a relação entre as contas do Banco Central e do Tesouro Central ficarão mais transparentes com o projeto de lei de criação do depósito voluntário no BC para reduzir as transferências entre os dois órgãos.

Teto de gastos
Em meio às discussões para enxugar as propostas de mudanças na aposentadoria, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a aprovação da reforma da Previdência é importante para a sustentabilidade do teto de gastos e destacou a necessidade também de medidas complementares. Ele lembrou que as despesas previdenciárias já abocanham metade do orçamento da União.

“Se as despesas da Previdência continuarem crescendo não sobrará recursos para a Educação e para a Saúde. A não ser que derrubemos o Teto, mas se fizermos isso voltará a falta da confiança e a inflação. Então só temos um caminho possível, que é assegurar a aprovação da reforma e adotar as medidas complementares”, afirmou.

O ministro também falou da necessidade de outras reformas e medidas voltadas para a produtividade. Ele citou a reforma trabalhista, que, segundo ele, tem dá mais flexibilidade para o mercado de trabalho e deve favorecer a criação de mais empregos.

Ele voltou a destacar que a economia brasileira reagiu antes do que a maioria dos economistas esperava. “Mas é preciso seguir o caminho das reformas para que se consolide o processo de equilíbrio das contas públicas”, completou.

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  • Data: 09/11/2017 02:11
  • Alterado: 15/08/2023 10:08
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