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Governador: menos propaganda e mais ação!

A publicidade é a alma do negócio? Se pensarmos no governo Alckmin, a frase cabe perfeitamente. A (má) administração do PSDB parte da visão simplista de que quanto mais obras, melhor a gestão. Nada mais ultrapassado, ainda mais quando há uma grande quantidade de equipamentos estaduais já existentes que funcionam muito mal. Os motivos vão […]

  • Data: 30/10/2013 07:10
  • Alterado: 30/10/2013 07:10
  • Autor: Carlos Neder
  • Fonte: Carlos Neder - médico sanitarista, coordenador do setorial de saúde do PT e deputado estadual (PT)
Chega de agredir o meio ambiente!

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A publicidade é a alma do negócio? Se pensarmos no governo Alckmin, a frase cabe perfeitamente. A (má) administração do PSDB parte da visão simplista de que quanto mais obras, melhor a gestão. Nada mais ultrapassado, ainda mais quando há uma grande quantidade de equipamentos estaduais já existentes que funcionam muito mal.

Os motivos vão desde a falta de recursos para a manutenção das atividades básicas até o descaso com os funcionários da saúde, que não são valorizados. Nesse caso, não há planos de carreira adequados, eles não recebem salários dignos nem têm condições de trabalho para bem atender a população.

Causa espanto a campanha de mídia do PSDB no horário nobre da TV. O telespectador é informado sobre a construção de novos hospitais estaduais, com recursos internacionais até. E que isso irá suprir a carência de leitos, o que fará com que as pessoas recebam, finalmente, o atendimento que merecem.

O que não é dito é que a recuperação dos hospitais estaduais, que estão sucateados e com leitos ociosos, teria o mesmo efeito da construção de novos hospitais, só que em um prazo mais curto. E tem mais: parte expressiva desses hospitais gerais deveria ser entregue para gestão dos municípios no Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, eles permanecem sob tutela da administração estadual, cedidos às Organizações Sociais, que fazem gerenciamento privado dos recursos públicos que são destinados a essas unidades.

O Tribunal de Contas do Estado aponta que o gasto excessivo com as Organizações Sociais não se traduz em atendimento de melhor qualidade. A comparação é com hospitais, de mesmo porte, gerenciados diretamente pela Secretaria de Estado da Saúde.

É preocupante a situação da saúde estadual. Ela está inoperante, faltam insumos básicos, há desrespeito aos servidores, a rede de urgência e emergência não funciona e a gestão dos leitos hospitalares carece de apoio institucional, de regulação pública e de apoio orçamentário para recuperação das condições de trabalho e investimentos em seus funcionários.

Não adiantam gastos absurdos em obras e publicidade, quando a política de saúde estadual não garante o essencial, que é atender com qualidade as pessoas. Por isso, apresentei proposta para que os gastos em publicidade sirvam essencialmente para educação em saúde. Além disso, é preciso que o governador Alckmin deixe de se opor e encaminhe projeto à Assembleia Legislativa para instituir conselhos gestores nas unidades estaduais de saúde, que serão responsáveis pela verificação rigorosa do uso das verbas públicas.

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  • Data: 30/10/2013 07:10
  • Alterado: 30/10/2013 07:10
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  • Carlos Neder - médico sanitarista, coordenador do setorial de saúde do PT e deputado estadual (PT)









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